segunda-feira, 15 de abril de 2013

Comitê Municipal de Estratégia levará time de executivos ao Paço Municipal

Um time de executivos de 'peso' irá contribuir para a gestão pública municipal em reuniões mensais e sem nenhum custo à prefeitura. O Comitê Municipal de Estratégia, Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade foi empossado no dia 5 deste mês, em cerimônia no salão nobre, com a presença do prefeito Paulo Alexandre Barbosa e integrantes do fórum, formado por secretários municipais e representantes da sociedade. Na ocasião, o chefe da administração municipal assinou a portaria 54, que nomeia os integrantes do grupo.

O comitê foi instituído pelo decreto 6.377, publicado no dia 4 no Diário Oficial, e irá auxiliar na definição de estratégias e planos para a formulação e implementação de políticas de melhoria da gestão. “A iniciativa é importante para a cidade ter um ambiente para discutir com a iniciativa privada questões como eficiência e competitividade e assim alcançar os resultados que a população espera”, disse o prefeito.

“Vamos ajudar Santos trazendo a experiência administrativa que temos, para fazer um choque de gestão que devolva melhorias para os moradores e a cidade se pense para os próximos 20, 30 ou 40 anos”, ressaltou o gerente da Unidade da Petrobras em Santos, Osvaldo Kawakami.

Diagnóstico da cidade
Antes da posse, os membros do comitê participaram de uma reunião preparatória na Sala de Situação na prefeitura. O encontro foi conduzido pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa com apresentação do panorama da região e da cidade, indicadores, principais desafios e diagnóstico.

Na ocasião ele destacou o porto, o Parque Tecnológico, a perspectiva de aumento da população para o litoral devido à exploração das reservas de petróleo e gás, estrutura da administração municipal, orçamento e desafios, além de citar projetos importantes para o desenvolvimento, como o mergulhão, terminal rodoviário e urbano, ligação seca entre Santos e Guarujá e macrodrenagem.

Integrantes do Comitê 
Omar Silva Júnior (presidente) – Desenvolvimento Econômico e Inovação
Rogério Santos – Gabinete do Prefeito
Rivaldo Santos – Comunicação e Resultados
Álvaro Silveira Filho – Finanças
Fábio Ferraz – Gestão

Sociedade
Osvaldo Kawakami – gerente geral da Unidade da Petrobras em Santos
Marcelo Spinelli – presidente da VLI, empresa de Logística do Grupo Vale
Michael Timm – presidente da Associação Comercial de Santos
Elber Justo – diretor da MSC Santos
Marcos Lutz – CEO (executivo chefe) da Cosan


Texto (©) Copyright Prefeitura de Santos.
Imagens (©) Copyright Daniel Capella.

domingo, 7 de abril de 2013

Encontrada galeria de 120 anos no subsolo da Ana Costa

A descoberta de uma galeria submersa na avenida Ana Costa, no trecho entre o Shopping Parque Balneário e a orla pode desvendar um mistério de aproximadamente 120 anos e mudar um capítulo da história da cidade. O achado deu-se por acaso, há 15 dias, durante uma obra da Siedi (Secretaria de Infraestrutura e Edificação).

"Durante uma escavação para trabalharmos nos dutos de infraestrutura e energia da região, foram encontrados resquícios da antiga galeria”, disse o engenheiro Glaucus Farinello, chefe do departamento de obras públicas da Siedi.

Com 18 metros de largura – ainda não se sabe o comprimento - e assoreado (coberto de areia) em boa parte de sua base, por conta da construção dos canais no início do século 20, a estrutura é composta por diversos arcos de tijolo, separados por alguns pilares feitos do mesmo material e perfil metálico, além de trilhos de bonde na parte superior dos arcos, que ajudam na sustentação do local, por conta das vigas metálicas.

A descoberta pode reescrever a história do encontro dos dois rios, que até então presumia-se acontecer na altura do canal 3. “Essa galeria foi construída entre os anos de 1890 e 1896 e teria função de canalizar um rio que vinha dos morros e outro oriundo do porto. A descoberta contesta a versão, que muitos historiadores sustentam, de que a desembocadura dos dois rios seria na direção do canal 3.

Minha opinião é que isso acontecia na Ana Costa, contrariando os mapas. A galeria está localizada na direção da praça da Independência, caracterizando a passagem do rio. Não haveria sentido em fazer uma galeria ali se isso não acontecesse”, avalia o arqueólogo Manoel Gonzalez, diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas, que, acionado pela prefeitura, iniciou um trabalho de pesquisa e estudo na galeria.

Diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas, o arqueólogo Manoel Gonzalez é o responsável pelo trabalho de pesquisa e estudo da galeria encontrada no subsolo do Gonzaga. Manoel concedeu Diário Oficial de Santos, reproduzida a seguir.

Como surgiu esta descoberta?
Durante as obras de reurbanização do trecho foi encontrada uma galeria subterrânea, a qual teria canalizado o encontro de dois rios, um que vinha dos morros e outro do porto, os quais, na minha opinião, desembocavam na Ana Costa.
De que época são essas estruturas?
Por volta de 1890 e 1896 teria ocorrido essa canalização para a passagem dos bondes, que não conseguiriam passar por ali, para promover a valorização e crescimento desta região. Em 1895 também foi realizado saneamento no local, que era todo areia.

O que representa o achado arqueológico?
Agora vamos registrar a área no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como sítio arqueológico. Com isso estamos fazendo o resgate desta história, que não foi perdida porque não foi nem mesmo registrada na época. Esta foi uma obra muito importante e de grande valor sanitário, arquitetônico e de engenharia. O achado também pode mudar o conhecimento sobre onde era o encontro dos dois rios, que para alguns historiadores ficava na área do canal 3.

Texto e Imagens (©) Copyright Prefeitura de Santos.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Prefeitura abre novos posto do cartão transporte, e divulga mais detalhes das mudanças no sistema de transporte público.

Um posto de fornecimento gratuito do cartão transporte começa a funcionar nesta terça (2) em frente ao Poupatempo (rua João Pessoa, 246), das 9h às 18h, até sexta-feira (5). No sábado (6), o atendimento será das 9h às 14h.

Outros três postos também atendem: na Vila Nova (praça Iguatemi Martins – Mercado Municipal), Marapé (rua Dom Duarte Leopoldo e Silva, 3) e Ponta da Praia (praça Gago Coutinho).

Na quarta (3) e quinta (4) as unidades móveis estarão no Embaré (avenida Pedro Lessa, 2491), Encruzilhada (praça Padre Champagnat) e Vila Mathias (avenida Sen. Feijó, 388).

Os postos estão sendo criados para que quem utiliza o transporte público e ainda não possui o cartão transporte possam continuar viajando pela cidade de ônibus, uma vez que os motoristas só aceitaram dinheiro até o dia 23 desse mês. Após essa data, o sistema público de transporte de Santos só funcionará com os cartões, deixando de aceitar dinheiro. 

Segundo a prefeitura, a medida visa aumentar a segurança dos passageiros e motoristas, e ainda desonera este, que passa agora, a concentrar-se exclusivamente em dirigir o ônibus. Paralela a esta mudança, está a melhora no conforto da frota municipal, que passará a ter, em caráter de teste, ar-condicionado e internet wi-fi. As mudanças não estão associadas a um novo aumento na tarifa da passagem. 

Um ônibus de piso baixo em Buenos Aires. Na capital argentina a maior parte dos automóveis da frota é deste tipo. 
Entrarão em serviço até o final do mês 30 novos ônibus que representam 10% da frota municipal, e serão dotados de sistema de ar-condicionado e internet sem fio. A medida, caso aprovada deverá expandir-se para toda a frota. Outra inovação são os ônibus de piso baixo, já utilizados em várias cidades no Brasil e no mundo, seis deles entrarão em operação, e também serão testados. Sua altura diferenciada facilita o acesso de pessoas com menor mobilidade. 

Texto (©) Copyright Prefeitura de Santos (primeiros parágrafos) e Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Divulgação e Daniel Capella.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Complexo de 21 andares com hotel, lojas e escritórios será erguido na região do Valongo.

Novo hotel se junta ao já anunciado Novotel, que será construído no gonzaga, e aos recém inaugurados Ibis e Mercure do Canal 3 como hotéis de bandeira estrangeira na cidade. 

Santos vai ganhar novo arranha céu: o Complexo Comercial e Hoteleiro do Valongo, que está sendo construído pela Odebrecht em terreno de 3.892 m², localizado na confluência das ruas Marquês de Herval e Cristiano Otoni, próximo à futura sede da Petrobras, nesse bairro do Centro Histórico. Primeiro empreendimento em hotelaria na área abrangida pelo programa de revitalização Alegra Centro, o projeto foi apresentado em meados do ano passado, no salão nobre da prefeitura.

Com 2.160 m² de área construída, ele contempla duas torres (denominadas ‘asas’ em função de sua arquitetura) com 21 pavimentos, que abrigarão 329 salas comerciais de 42 a 115 m² e um hotel Ibis, da rede francesa Accor, dotado de 240 apartamentos. O complexo terá 479 vagas para veículos e lojas. A altura dos prédios é limitada pela Base Aérea de Santos, que faz com que todos os prédios da região do centro não ultrapassem certa altura.

Novo perfil
Na época do lançamento, o projeto foi muito festejado pela esfera política municipal. O ex-secretário de Assuntos Portuários e Marítimos, Sérgio Aquino, por exemplo, afirmou que o projeto, lançado em Maio de 2012, é “o primeiro grande complexo da região central que mudará o perfil do Valongo”.

Acrescentando que o projeto Porto Valongo Santos, de revitalização da área dos armazéns 1 a 8, a mais antiga do porto, representa R$ 513 milhões em investimentos do setor privado na construção de um complexo de lazer, náutico, centro de negócios, bares, restaurantes, galerias de arte e Instituto Oceanográfico da USP, entre outros. Esse investimento não inclui a construção de um terminal de cruzeiros marítimos para três navios das maiores dimensões que hoje estão sendo construídos no mundo, que deverá ser licitado individualmente e entregue inteiramente a iniciativa privada.
Empreendimento ficará próximo ao novo terminal de cruzeiros da cidade e a sede da Petrobras.
O então secretário de obras, Bechara Abdalla Pestana Neves, aproveitou a oportunidade para enaltecer o programa Alegra Centro, que consiste em estímulos de várias naturezas (principalmente fiscal) para quem constrói ou restaura imóveis do centro histórico, que segundo ele, cinha conseguindo importantes resultados. “O número de imóveis vazios foi reduzido em 60% , registramos 490 restaurações e um incremento de 65,5% nos negócios na região central da cidade.”

Importância
Marcelo Arduim, diretor da regional da Odebrecht em Santos, afirmou que a empresa vinha estudando a proposta há um ano. “Queríamos um projeto emblemático”, A obra criará até 350 postos diretos de trabalho e, para cada um deles, de três a quatro indiretos. “Só de ISS (Imposto Sobre Serviços), o município arrecadará R$ 1 milhão”.

O arquiteto do projeto, José Luiz Lemos, detalhou a proposta e disse que as duas ‘asas’ oferecerão vistas para o mar, montanha e cidade. Viviene Boverio, gerente de Desenvolvimento Brasil da Accor, afirmou que o “Ibis e Mercure, também da empresa, vêm registrando, em Santos, uma ocupação acima da média no Brasil, com 80 a 82%, chegando a alcançar 100%. Isso mostra como a cidade se insere hoje no contexto nacional”.

Texto (©) Copyright Adaptado de Prefeitura de Santos, com informações de G1 e A Tribuna (original de 2012).
Imagens (©) Copyright Divulgação.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Navio inglês traz turistas cerca de estrangeiros para Santos

Esteve em Santos no último Domingo, em cruzeiro internacional o navio Adonia, da armadora inglesa P&O Cruises. Ao contrário da maioria dos navios que escala em Santos, o Adonia não realizava um cruzeiro destinado ao mercado regional, e não realizou embarques na cidade. Os seus passageiros, em maioria ingleses, estavam apenas em trânsito, ou seja, vieram conhecer a cidade, e consequentemente, o que é importante para a economia regional, utilizar serviços e gastar.
Santos normalmente é pouco visitada por navios em este tipo de viagem, que no Brasil costumam passar somente pelo Rio de Janeiro e por cidades do Norte e Nordeste como Manaus e Recife. A cidade acabou incluída no roteiro, porém, devido ao cancelamento das escalas do Adonia em portos argentinos, devido às inseguranças causadas pela questão das Ilhas Falkland.
A localização do terminal, e as muitas escalas de navios realizando operações de embarque/desembarque, aliadas a pouca infraestrutura de recepção de estrangeiros, acabam contribuindo para que este tipo de viagem não seja frequente na cidade. Espera-se, porém, que com a inauguração do novo terminal de cruzeiros do Valongo, na região que compreenderá o projeto de revitalização Marina  Porto Valongo, a história possa ser diferente, uma vez que além de bem localizado, com ele seria possível diferenciar o atendimento para passageiros em trânsito em um terminal e para os que estão embarcando ou desembarcando em outro.
Outro dos atrativos do novo terminal será sua proximidade com a serra do mar, o que facilita o transporte a São Paulo, destino muitas vezes procurado por turistas estrangeiros. Neste dia, além do Adonia estiveram no Concais o Empress, da Pullmantur e o MSC Magnifica, da MSC Crociere. Para ver mais fotos, clique aqui.
Texto e Imagens (©) Copyright Daniel Capella;

Região do Aquário ganhará mais infraestrutura e atrações

O entorno do Aquário Municipal, a praça Luiz La Scala, vai se tornar ainda mais atraente e contará com melhor infraestrutura. A reurbanização do espaço pela prefeitura prevê sanitários, instalação de equipamentos de ginástica e novas áreas de descanso. A obra está entre os 11 projetos do município que contarão com recursos do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Turismo. O investimento será de R$ 1,7 milhão.

De acordo com o arquiteto Carlos Prates, da Prodesan, está previsto o Espaço do Cruzeiro em área à frente do Aquário, com espelho d'água, pérgula com bancos e criação de novo velário. “Na área atrás do equipamento turístico haverá o Espaço das Águas, outro espelho d'água com jatos e esculturas de três peixes estilizados, com iluminação exclusiva e pérgula e bancos em volta”. A fonte com escultura do Pescador será mantida no mesmo lugar. “A população já se apropriou do espaço e o objetivo é qualificar esta área e oferecer mais conforto para atividades culturais e de lazer”, afirma o secretário de Turismo, Luiz Guimarães.

Monitoramento e Deck do Pescador também terão investimentos
Também contarão com recursos do Dade a ampliação e modernização do sistema de monitoramento do Aquário (R$ 100 mil), que passará de 17 câmeras para 32, interligadas ao SIM (Sistema Integrado de Monitoramento) da Seseg (Secretaria de Segurança). Estão previstos equipamentos com infravermelho e portaria eletrônica.

Outra importante intervenção que terá recursos do Dade (R$ 200 mil) será a de melhoria da acessibilidade e reparos na cobertura de policarbonato do Deck do Pescador. No local será construída nova rampa de acesso para pessoas com deficiência. Os projetos estão em fase de elaboração. Após a aprovação pelo Dade, serão realizados os respectivos processos licitatórios.


Texto  e Imagem(©) Copyright Adaptado de Prefeitura de Santos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Casas noturnas de Santos têm falhas de segurança

Casas noturnas de Santos têm falhas de segurança


Portas pequenas, falta de identificação adequada e obstáculos que atrapalham a saída rápida do público. Essa é a realidade de algumas casas noturnas de Santos. No último fim de semana, a reportagem entrou em seis locais (como cliente, durante o funcionamento) e constatou que muitos espaços precisam de adequações para maior segurança em caso de ocorrências graves, como um incêndio. 

Foram visitados os estabelecimentos Bikkini Barista, Antonina, Barbaro Clubb, Santinha Music Bar e Balacobaco, todos no Centro, além do Torto Bar, no Embaré. Às 2h30 de sábado, a Moby Club, na Praia do Boqueirão, não permitiu a entrada, alegando que a casa fecharia mais cedo porque havia poucos clientes naquela noite, cerca de 20 pessoas.

As casas visitadas tinham extintores de incêndio dentro da validade e luzes de emergência. Entretanto, nenhuma tem porta de emergência padrão e saídas posicionadas em locais diferentes da entradas. O técnico em Segurança do Trabalho Marcelo Soares explica o que poderia ser feito nesses casos.

Santinha
Placas indicavam a rota de saída, mas não eram facilmente visualizadas por conta da escuridão e da fumaça artística (gelo seco). “Em um ambiente escuro assim, o recomendável é mais sinalização”, diz Marcelo Soares. A saída é ampla e sinalizada, porém existiam grades que só permitiam a passagem de uma pessoa por vez.

Bikkini Barista
A pista de dança fica no segundo pavimento, sendo o acesso uma escada sem iluminação. Para o técnico em Segurança, o ideal seria que cada degrau tivesse um faixa fotoluminescente (que brilha no escuro). A saída da Bikkini é feita por uma das três portas existentes, uma ao lado da outra, sem qualquer identificação. Na casa, ao menos, há brigada de incêndio, com dois bombeiros civis posicionados próximos aos extintores.

Na Bikkini Barista, faltava iluminação adequada na escada que leva à pista

Barbaro Clubb
Apenas um extintor de incêndio foi localizado, próximo à entrada. O ideal, segundo o técnico, é ter pelo menos três tipos no mesmo ambiente: de água, pó químico e gás carbônico. A saída era feita pelo mesmo local da entrada - uma porta com uma cortina preta na frente. Não havia identificação de emergência.


Na Barbaro Clubb, uma cortina estava obstruindo a saída de emergência e a sinalização não era adequada

Antonina

O acesso é feito somente por uma escadaria iluminada, com lâmpadas direcionadas aos degraus. “Mas em caso de uma pane elétrica, as luzes apagam. O ideal seria ter as faixas refletivas identificando cada degrau”. Um extintor estava no chão com mesas e cadeiras na frente. “O extintor, por norma, tem que ter um metro quadro livre. Não é permitida a obstrução”, explica o técnico.



Já na casa noturna Antonina, o extintor de incêndio estava no chão

Balacobaco

A saída de emergência está identificada, mas é fechada por uma cortina, tem uma barra de ferro no lado interno e um cercado de grades externamente. “Vamos supor que essa porta seja suficiente para a saída de 50 pessoas por minuto. Com esses obstáculos, vai limitar muito a quantidade”.

Torto

Há uma única porta de entrada e saída. Existe uma saída de emergência ao lado do palco, mas não atende aos padrões. “Não tem nem maçaneta, imagina todo mundo querendo sair por ali”, diz Soares.

Sem licença adequada
A Prefeitura de Santos admite que os seis estabelecimentos não possuem alvará para funcionar como casas noturnas. Todos têm documentação apenas para atividade de bar ou restaurante. Ainda assim, a Administração deu prazo até o final de fevereiro para que os locais regularizem a situação. 

Respostas

O advogado da Bikkini Barista, Alexandre Salamoni, diz que a casa tem lâmpadas de emergência próximas à escadaria e aprovação do Corpo de Bombeiros. Quanto à falta de identificação da saída, o advogado garante que já foram compradas placas de sinalização, que devem ser instaladas nesta semana.

Já a dona da Antonina, Fabiana Cunha, diz que não são necessárias faixas refletivas na escadaria porque existem luzes de emergência de LED, o que garantiria forte iluminação em caso de pane elétrica. Sobre a obstrução do extintor, Fabiana explica que a disposição dos equipamentos foi feita por um engenheiro que presta assessoria para a casa. 

O dono do Torto Bar, Michel Pereira, afirma que a porta de emergência fica aberta sempre. Ele diz, ainda, que o Torto tem alvará para bar com música ao vivo. “Esse alvará já atende à necessidade da casa”.

O responsável pelo Santinha, Maurício Bucheb, garante que já reforçou a sinalização nas paredes, mas ainda pretende colocar mais placas. Sobre as grades da saída, justifica dizendo que são móveis. “Qualquer empurrão elas caem no chão, são simplesmente para disciplinar a fila na entrada”. 

O dono do Balacobaco, Bruno Perecini, afirma que os obstáculos na saída de emergência são móveis. “Falarei com meu engenheiro e verei o que fazer”.

O proprietário do Barbaro, José Lino, garante que existem seis extintores localizados no salão principal. “Talvez a cortina tenha tampado um dos extintores. Se foi isso, até é um erro meu”. Sobre a cortina na saída, ele admite que o equipamento pode atrapalhar as pessoas. E também admite a ausência de placa na saída de emergência.

Na Balacobaco, além da cortina na saída de emergência, havia uma barra de ferro em frente à porta



Maurício Martins / A Tribuna